sexta-feira, 5 de junho de 2009

AUTORES E OBRAS

Oswald de Andrade (1890-1954) OSWALD DE ANDRADE, poeta, romancista e dramaturgo, nasceu em São Paulo em 11 de janeiro de 1890. Filho de família rica, estuda na Faculdade de Direito do Largo São Francisco e, em 1912, viaja para à Europa. ::. Principais Obras Poesia: Pau-Brasil (1925); Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade (1927); Cântico dos cânticos para flauta e violão (1945); Ô escaravelho de ouro (1945). Romance: Os condenados (trilogia) (1922-34); Memórias sentimentais de João Miramar (1924); Serafim Ponte Grande (1933); Marco Zero -a revolução melancólica (1943). Teatro: O homem e o cavalo (1934); A mona (1937); O rei da veia (1937). ::. Confira abaixo alguns poemas de Oswald de Andrade A Descoberta Canto de Regresso à Pátria Pronominais Erro de Português O Capoeira Oferta

CARACTERÍSTICAS PRIMEIRA FASE MODERNISTA

  • busca do moderno, original e polêmico •nacionalismo em suas múltiplas facetas •volta às origens e valorização do índio verdadeiramente brasileiro •“língua brasileira” - falada pelo povo nas ruas •paródias - tentativa de repensar a história e a literatura brasileiras A postura nacionalista apresenta-se em duas vertentes: •nacionalismo crítico, consciente, de denúncia da realidade, identificado politicamente com as esquerdas. •nacionalismo ufanista, utópico, exagerado, identificado com as correntes de extrema direita. Manifestos e Revistas Revista Klaxon — Mensário de Arte Moderna (1922-1923) Recebe este nome, pois klaxon era o termo usado para designar a buzina externa dos automóveis. Primeiro periódico modernista, é conseqüência das agitações em torno da SAM. Inovadora em todos os sentidos: gráfico, existência de publicidade, oposição entre o velho e o novo. “— Klaxon sabe que o progresso existe. Por isso, sem renegar o passado, caminha para diante, sempre, sempre.” Manifesto da Poesia Pau-Brasil (1924-1925) Escrito por Oswald e publicado inicialmente no Correioda Manhã. Em 1925, é publicado como abertura do livro de poesias Pau-Brasil de Oswald. Apresenta uma proposta de literatura vinculada à realidade brasileira, a partir de uma redescoberta do Brasil. “— A poesia existe nos fatos. Os casebres de açafrão e de ocre nos verdes da Favela sob o azul cabralino, são fatos estéticos.” “— A língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos.” A Revista (1925-1926) Responsável pela divulgação dos ideais modernistas em MG. Teve apenas três números e contava com Drummond como um de seus redatores. Verde-Amarelismo (1926-1929) É uma resposta ao nacionalismo do Pau-Brasil. Grupo formado por Plínio Salgado, Menotti del Picchia, Guilherme de Almeida e Cassiano Ricardo. Criticavam o “nacionalismo afrancesado” de Oswald. Sua proposta era de um nacionalismo primitivista, ufanista, identificado com o fascismo, evoluindo para o Integralismo de Plínio Salgado (década de 30). Idolatria do tupi e a anta é eleita símbolo nacional. Em maio de 1929, o grupo verde-amarelista publica o manifesto “Nhengaçu Verde-Amarelo — Manifesto do Verde-Amarelismo ou da Escola da Anta”.

Semana de Arte Moderna

"E vivemos uns oito anos, até perto de 1930, na maior orgia intelectual que a história artística do país registra."
(Mário de Andrade, a respeito. dos anos que se seguiram à Semana de Arte Moderna)
Realizada a Semana de Arte Moderna e ainda sob os ecos das vaias e gritarias, tem início uma primeira fase modernista, que se estende de 1922 a 1930, caracterizada pela tentativa de definir e marcar posições. Constitui, portanto, um período rico em manifestos e revistas de vida efêmera: são grupos em busca de definição. Nessa década, a economia mundial caminha para um colapso, que se concretizaria com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 1929. O Brasil vive os últimos anos da chamada República Velha, ou seja, o período de domínio político das oligarquias ligadas aos grandes proprietários rurais. Não por mera coincidência, a partir de 1922, com a revolta militar do Forte de Copacabana, o Brasil passa por um momento realmente revolucionário, que culminaria com a Revolução de 1930 e a ascensão de Getúlio Vargas. Nelson Werneck Sodré, ao analisar as décadas de 1920 e 30 em História da literatura brasileira, explica: "Nesse processo verificamos a seriação das manifestações político-militares iniciadas com os disparos dos canhões de Copacabana, em 1922, e encerradas com o internamento da Coluna Prestes na Bolívia. Tais manifestações, inequivocamente de classe média, assinalavam o crescendo na disputa pelo poder. Nele verificamos, ainda, a seriação de manifestações de rebeldia artística a que se convencionou chamar Movimento Modernista, também tipicamente de classe média." De 1930 a 1945, o movimento modernista vive uma segunda fase, a qual reflete as .. transformações por que passou o país, que inaugura uma outra etapa de sua vida republicana.
(Fonte: Site Cola Web)

O MODERNISMO E A SEMANA DE 22

Obapuru de Tarcila do Amaral
O MODERNISMO NO BRASIL TEVE INICIO NA SEMANA DE 1922.
Enquanto os movimentos de ruptura aconteciam no mundo ─ Impressionismo, no final do século passado e Expressionismo, Cubismo e Abstracionismo; nas primeiras décadas de nosso século ─, no Brasil ainda se produzia realismo acadêmico. Em 1913, aconteceu a primeira mostra de arte não cênica, a de Lasar Segall, pintor lituano situado entre o Expressionismo e o Cubismo. Anita Malfatti, expondo em 1917, em São Paulo, desencadeou mudanças radicais. Nos seus quadros, se mesclam Expressionismo, Fauvismo e Cubismo. Suas obras, O Homem Amarelo, A Estudante Russa, A Mulher de Cabelos Verdes refletiam as novas tendências. Anita, mais o escultor Victor Brecheret, os pintores Vicente do Rego Monteiro, Tarsila do Amaral, os escritores Oswald de An¬drade, Mário de Andrade, Menotti Dei Picchia e o músico Villa-Lobos participaram da Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo, nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922. Idealizada por Di Cavalcanti, a Semana causou profundas mudanças na cultura brasileira, incentivando novas pesquisas estéticas, atualizando o conhecimento dos artistas brasileiros e despertando uma consciência criadora nacional.

terça-feira, 2 de junho de 2009